No próximo trimestre completa-se um ano depois da segunda vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. As primeiras mudanças já se fazem sentir, sobretudo no plano interno, que foi a prioridade da administração norte-americana.
A tentativa de mudar algumas mentalidades, nomeadamente com o fim do wokismo em vários sectores da administração pública, parece estar a ser aceite pela população. Apesar de tudo, tem existido alguns excessos, sobretudo na relação com os outros poderes públicos e a imprensa.
A nova administração também actuou com rapidez e eficácia na principal questão que possibilitou a segunda eleição. A população pediu medidas mais severas para controlar a imigração que estão a ser devidamente executadas. A fronteira com o México parece estar mais segura do que aconteceu nos últimos anos. No plano negativo em termos internos é a perseguição a membros do último executivo, em particular os que fizeram parte do governo Biden, mas também aos actores judiciais que tentaram impedir Trump de regressar à Casa Branca.
A política externa norte-americana não tem sofrido muitas mudanças porque continua a existir vontade por parte dos Estados Unidos em resolver os conflitos através da força política e económica, como se nota na recente imposição de tarifas a vários países. O único recurso à capacidade militar surgiu para destruir três centrais nucleares no Irão. O que surpreende nestes meses de mandato é o reforço da aliança com o Reino Unido, mesmo sendo liderado por um governo trabalhista.