A viagem de Donald Trump ao Médio-Oriente foi bastante positiva, já que, os Estados Unidos mantiveram as relações diplomáticas com os principais aliados, nomeadamente a Arábia Saudita, o Qatar e os Emirados Árabes Unidos. Havia uma certa dúvida sobre como seriam recebidos os norte-americanos depois da proposta para deslocar quase dois milhões de pessoas para fora de Gaza.
As cerimónias públicas e mesmo privadas demonstram que os laços de amizade mantiveram-se, sendo que, reforçou-se a cooperação, nomeadamente no plano económico e militar entre Washington e os três países. No entanto, também não existiu qualquer passo no sentido de reconhecer Israel através dos Acordos de Abrãao.
O mais importante neste périplo pela região era evitar uma maior escalada contra o aliado e condenar as acções dos grupos terroristas como o Hamas, Hezbollah e os Houthis. Também não foi feito qualquer isolamento para pressionar o Irão a acabar com o financiamento e a terminar com o programa nuclear. Contudo, a segunda opção seria bem vista por Riade, Doha e Abu Dhabi.
O Presidente dos Estados Unidos abordou a questão iraniana, tendo rejeitado qualquer desenvolvimento nuclear por parte de Teerão. A porta para o diálogo não abriu porque os avisos que foram feitos dificilmente vão ser ouvidos. Neste aspecto, a questão israelita continua em suspenso porque só um acordo consegue garantir a segurança.
O encontro entre o líder norte-americano e o Presidente da Síria foi mais um aspecto positivo que garante estabilidade na região. Ahmed al-Sharaa tem a intenção de reconhecer Israel, mas também pretende deixar o Líbano em paz. O problema é que internamente continua a existir conflitos e perseguições a minorias, como os cristãos e os curdos.